Por: Dr. Fernando Rodrigues
Cirurgia plástica e tabagismo são antagonistas.
Pessoas fumantes que se submetem a uma intervenção cirúrgica correm muito mais riscos e podem sofrer uma série de complicações durante e após a operação.
Além da produção de radicais livres, cada cigarro leva a um período de diminuição no calibre dos vasos sanguíneos, aporte de oxigênio e nutrientes na região da pele. Alguns estudos apontam um aumento de até quatro vezes o número de complicações e intercorrências em decorrência do tabagismo, especialmente no aparelho respiratório, necrose e cicatrização da área operada.
O cigarro afeta e interfere profundamente na oxigenação do corpo pelo sangue, na distribuição dos nutrientes para a manutenção e regeneração da pele e dos tecidos, além de comprometer o bom funcionamento dos vasos sanguíneos, dos pulmões e das condições cardiorrespiratórias. Logo, dificulta significativamente o processo de cicatrização, o que pode acarretar em sérios efeitos colaterais, como a necrose da pele, infecção, rompimento de sutura, manchas, queloides, tromboembolismo, entre outros aspectos agravantes. Além disso, ainda pode contribuir para deixar o paciente mais vulnerável à anestesia, criando a possibilidade de surgir problemas que poderiam ser evitados.
O paciente que deseja fazer uma cirurgia deve suspender o cigarro para não aumentar consideravelmente seus riscos, que já são inerentes a qualquer operação. Uma boa recuperação e bons resultados dependem bastante disso. O prazo de interrupção dependerá do tipo de cirurgia, isto é, quanto maior e extensa ela for mais tempo será indicado e exigido a recomendação médica de parar de fumar.
Parar de vez de fumar antes de realizar a cirurgia plástica é o melhor a se fazer.
Além de ser fundamental para o sucesso da cirurgia plástica, a sua saúde agradece.