A criolipólise tem sido amplamente promovida como um tratamento revolucionário para a eliminação de gordura localizada sem necessidade de cirurgia. Utilizando temperaturas extremamente baixas, o procedimento promete destruir as células de gordura através do congelamento, levando o organismo a eliminá-las naturalmente ao longo do tempo. No entanto, relatos crescentes de complicações levantam dúvidas sobre sua real segurança.
Uma das consequências mais alarmantes da criolipólise é a hiperplasia adiposa paradoxal (HAP), um efeito colateral raro, porém grave, no qual, ao invés de reduzir, a gordura na região tratada aumenta de forma anormal. Para pacientes que buscam um contorno corporal mais definido, esse resultado pode ser devastador e exigir correção cirúrgica.
Diante do crescimento desse problema, é essencial entender os riscos envolvidos antes de optar pela criolipólise. Neste artigo, investigamos as causas, os fatores de risco e as alternativas para minimizar complicações. Continue lendo para tomar uma decisão mais informada sobre esse procedimento.
A hiperplasia adiposa paradoxal (HAP) é um efeito colateral inesperado da criolipólise. Ao contrário da promessa de redução de gordura, alguns pacientes experimentam um aumento anormal e persistente da gordura na área tratada. Esse fenômeno ocorre porque os adipócitos (células de gordura) podem, paradoxalmente, se multiplicar e endurecer após a exposição ao frio, ao invés de serem eliminados.
O problema não é apenas estético. A HAP pode criar protuberâncias volumosas e endurecidas, visíveis sob a pele e resistentes à perda de peso convencional. Em muitos casos, a única solução para reverter essa condição é um procedimento cirúrgico corretivo, como a lipoaspiração.
Embora a indústria estética tente minimizar essa complicação, evidências indicam que a HAP está se tornando mais comum do que se pensava. Um estudo da American Society of Plastic Surgeons, aponta que a incidência pode variar de 1 em cada 138 pacientes a números ainda maiores, dependendo da tecnologia e da qualificação do profissional que realiza o procedimento.
As razões exatas para o desenvolvimento da HAP ainda não são completamente compreendidas, mas especialistas apontam alguns fatores que podem contribuir para esse efeito colateral:
Esse desconhecimento sobre as causas exatas da HAP é um fator preocupante, pois torna difícil prever quem está mais suscetível ao problema.
Diferente de efeitos colaterais temporários como inchaço ou vermelhidão, a hiperplasia adiposa paradoxal pode levar meses para se tornar visível. Os primeiros sinais costumam aparecer entre um e seis meses após a criolipólise.
Os principais sintomas incluem:
Por conta dessa progressão lenta, muitos pacientes só percebem o problema tardiamente, quando a condição já está estabelecida.
Apesar da criolipólise ser amplamente divulgada como segura, a falta de regulamentação rígida e a variabilidade na qualidade dos equipamentos tornam difícil garantir que um paciente esteja completamente protegido contra complicações como a HAP.
Para quem ainda considera fazer o procedimento, algumas medidas podem reduzir o risco, mas não eliminá-lo completamente:
Ainda assim, é importante entender que nenhuma dessas precauções oferece garantia absoluta de que a HAP não ocorrerá.
Infelizmente, a hiperplasia adiposa paradoxal não regride sozinha. Pacientes afetados geralmente precisam recorrer a procedimentos corretivos, como:
O custo desses tratamentos pode ser bem mais alto do que a criolipólise inicial, tornando a reversão da HAP um processo desafiador e frustrante para os pacientes.
A criolipólise pode parecer uma alternativa simples para eliminar gordura localizada, mas os riscos associados – especialmente a hiperplasia adiposa paradoxal – são frequentemente subestimados. O crescimento anormal da gordura na área tratada não apenas frustra os resultados esperados, como pode exigir procedimentos cirúrgicos para correção.
Se você está considerando a criolipólise, é essencial pesquisar cuidadosamente sobre os riscos e entender que os efeitos colaterais podem ser irreversíveis. Antes de decidir, consulte profissionais qualificados e avalie todas as opções disponíveis para garantir sua segurança.
1. A HAP pode ser evitada completamente?
Não há garantia absoluta, mas escolher profissionais qualificados e equipamentos aprovados pode reduzir o risco.
2. Qual a taxa de incidência da HAP?
Estudos indicam que pode afetar até 1 em cada 138 pacientes, mas os números podem ser ainda maiores.
3. Como saber se desenvolvi HAP?
Se a gordura na área tratada aumentou e endureceu após meses, é um sinal forte de HAP.
4. A HAP some com dieta e exercícios?
Não, a gordura da HAP geralmente não responde a métodos tradicionais de emagrecimento.
5. Criolipólise é realmente segura?
Embora seja considerada segura, os riscos como a HAP mostram que o procedimento não é isento de complicações.
Foto de banco de imagens. Posada por modelo. A foto é utilizada apenas para fins ilustrativos. Image by freepik
Escolher um cirurgião plástico é uma decisão que exige cuidado e atenção aos detalhes. Para garantir que o profissional seja…
Descubra os sinais que indicam o momento ideal para considerar o preenchimento facial e como esse procedimento pode transformar sua…
Descubra por que a rinoplastia é mais do que estética, ajudando mulheres a equilibrar autoestima e saúde.
A ginecomastia é uma condição que causa o aumento do tecido mamário em homens, geralmente devido a desequilíbrios hormonais. Comum…
A cirurgia plástica é uma área médica que vai muito além da simples busca pela estética. Combinando arte, ciência e…
O mundo da cirurgia plástica está em constante evolução, impulsionado pela inovação tecnológica e pela crescente demanda por resultados mais…