Por: Dr. Fernando Rodrigues
Frequentemente quando se trata de adolescentes e cirurgias plásticas a pergunta é ‘’pode?’’.
A adolescência é um período de transição da fase adulta para a infância, que dura dos 13 aos 18 anos, por conta disso é um momento em que acontecem várias transformações físicas, então surge uma preocupação quando se trata de procedimentos estéticos.
Esse período não pode ser generalizado, cada paciente tem o seu tempo de crescimento e deve se respeitar isso para realizar a cirurgia. Não se trata de idade mínima, o importante é a evolução física do paciente e quando este atinge a estrutura corporal de um adulto.
Não esperar esse tempo para realizar uma cirurgia pode ser perigoso, interferindo no desenvolvimento do adolescente e os resultados podem vir a ser modificado depois, resultando na perda do procedimento.
Hoje em dia a evolução física das crianças e adolescentes se da em ritmo acelerado, o que tem aumentado muito o numero de pacientes nessa faixa etária. As cirurgias mais procuradas por eles são aumento/diminuição de seios para meninas, ginecomastia para os homens e lipoaspiração tanto para o sexo masculino quanto para o feminino.
Os riscos cirúrgicos são os menores possíveis. Por se tratar jovens, geralmente a saúde deles é muito boa, o que garante uma recuperação rápida. Entretanto, às vezes o componente psicológico passa despercebido. E os riscos psicológicos em adolescentes costumam ser maiores. Isso porque eles costumam ser impulsivos e como estão sempre cercados de padrões midiáticos de beleza, podem ser expectativas fantasiosas.
Por causa disso, quando um adolescente quiser se submeter à uma cirurgia estética deve-se levar em conta não so o desenvolvimento físico, mas também o caráter emocional e as reais intenções do paciente com o procedimento.