Laserterapia na Cirurgia Plástica: Um Guia Completo e Informativo
10 de dezembro de 2025
Por: Dr. Fernando Rodrigues
A laserterapia tem se tornado um tema recorrente na cirurgia plástica, especialmente no contexto do pós-operatório. Ela é apresentada como uma técnica complementar, capaz de potencializar a recuperação e os resultados estéticos de determinados procedimentos. Porém, é essencial analisar suas restrições, limitações e riscos com base em informações claras e imparciais.
Embora alguns profissionais acreditem em seus benefícios, outros questionam sua eficácia, especialmente devido à falta de evidências robustas que sustentam resultados consistentes. Este artigo foi elaborado para oferecer uma visão acessível sobre o tema, com foco na informação de qualidade.
O que é a Laserterapia?
A laserterapia utiliza luz de baixa intensidade para estimular processos biológicos no organismo. Essa luz interage com as células, promovendo a regeneração tecidual, ruptura de dor e redução de inflamações.
Na cirurgia plástica, a técnica é frequentemente associada ao período de recuperação, mas sua adoção depende da avaliação individual e do protocolo de cada profissional.
Como funciona a Laserterapia?
A tecnologia do laser utiliza luz aplicada por equipamentos que penetram nas camadas da pele, desencadeando reações celulares, como:
- Estimulação mitocondrial: Aumenta a produção de energia celular, essencial para acessórios de tecidos.
- Ativação do sistema linfático: Reduz o acúmulo de líquidos e surtos pós-operatórios.
- Aceleração da produção de colágeno: Melhora a qualidade da cicatrização e da textura da pele.
Esses mecanismos são usados para complementar o processo de recuperação após procedimentos estéticos e cirúrgicos. No entanto, os resultados variam e nem todos os pacientes respondem de forma semelhante.
Para que serve a Laserterapia na Cirurgia Plástica?
Na prática, a laserterapia pode ser utilizada para auxiliar em diferentes situações no pós-operatório de cirurgias plásticas, como:
- Aceleração da cicatrização: Promove uma regeneração tecidual mais eficiente.
- Redução de edemas e hematomas: Minimiza surtos e manchas roxas, frequentes em cirurgias.
- Controle da dor: Graças a seus efeitos analgésicos, ajuda a reduzir o desconforto pós-cirúrgico.
- Prevenção de complicações: Pode ajudar a reduzir o risco de cicatrizes elevadas, como queloides.
Apesar desses potenciais benefícios, é crucial destacar que a laserterapia não substitui outras medidas fundamentais para a recuperação pós-operatória, como cuidados adequados com a ferida cirúrgica e acompanhamento médico regular.
Possíveis Riscos e Complicações
A laserterapia é considerada extremamente segura, mas envolve riscos e complicações, especialmente quando realizada sem o devido cuidado. Os principais riscos incluem:
- Alterações na coloração da pele: Como hiperpigmentação (escurecimento) ou hipopigmentação (clareamento), mais frequentes em pessoas com pele mais escura.
- Queimaduras ou lesões térmicas: Podem ocorrer em casos de aplicação específica do laser.
- Cicatrização deficiente: Em situações específicas, pode comprometer o processo de regeneração natural dos tecidos.
- Infecções: Embora raras, podem surgir se o procedimento for realizado em condições de assepsia inconvenientes.
- Danos oculares: A exposição desprotegida à luz laser pode causar lesões graves nos olhos.
- Desconforto temporário: alguns pacientes relatam sensibilidade ou sensação de calor na área tratada.
Quem não deve fazer laserterapia?
Nem todos os pacientes são indicados para a laserterapia. Suas contraindicações incluem:
- Gestantes: A segurança do procedimento durante a gravidez não foi suficientemente científica.
- Epilepsia: Uma luz pulsada pode desencadear crises epilépticas.
- Pacientes com tumores malignos: A laserterapia não deve ser aplicada em áreas acometidas por câncer.
- Doenças de pele ativas: Como infecções ou dermatites, que podem ser agravadas pelo procedimento.
- Imunossupressão: Pacientes com sistema imunológico debilitado podem não responder bem ao tratamento.
Pontos importantes a considerar
Antes de optar pela laserterapia, é fundamental entender que ela não é essencial para a recuperação pós-cirúrgica e seus benefícios não são garantidos. Aqui estão algumas considerações importantes:
- Consulte um profissional qualificado: Apenas especialistas capacitados podem avaliar a real necessidade e segurança do tratamento no seu caso.
- Entenda suas expectativas: Os resultados podem variar amplamente e nem sempre atendem às expectativas iniciais.
- Priorize a segurança: Certifique-se de que o procedimento será realizado em uma clínica de confiança, com equipamentos certificados.
Conclusão
A laserterapia é uma técnica que pode complementar o cuidado pós-operatório em cirurgia plástica, mas sua eficácia depende de diversos fatores, como as condições clínicas do paciente e a experiência do profissional responsável. Antes de considerar esse tratamento, é crucial discutir seus possíveis benefícios, riscos e limitações com um especialista qualificado.
Informação clara e objetiva é a melhor aliada para decisões conscientes em saúde. Esteja sempre bem informado.
Perguntas Frequentes
A laserterapia é obrigatória no pós-operatório?
Não. Trata-se de um complemento e não de uma necessidade para todos os pacientes.
Quantas sessões são possíveis?
O número varia, mas geralmente são recomendados de 10 a 15 sessões, dependendo do caso.
A laserterapia é segura para todos os tipos de pele?
Não. Pessoas com pele mais escura apresentam maior risco de alterações na pigmentação.
Há evidências de que a laserterapia melhora a cicatrização?
Embora haja relatos positivos, os resultados variam e nem sempre são consistentes.
Posso fazer uma laserterapia em qualquer clínica?
Não. Procure sempre clínicas especializadas e profissionais capacitados para garantir segurança e eficácia.
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