A abdominoplastia é uma técnica que vem sendo cada vez mais utilizada para tratar a diástase abdominal.
Geralmente, esse procedimento é indicado em casos severos nos quais não é possível reverter o quadro com exercícios ou intervenções não invasivas, e a única opção é a cirúrgica.
Apesar de ser mais comum em mulheres em seu período pós-parto, a diástase abdominal também pode estar presente em outros casos, como em indivíduos que ganharam muito peso rapidamente ou em pessoas com doenças que acarretam deficiência no colágeno.
Ficou interessado e quer saber mais sobre a diástase abdominal? Então, continue a leitura e confira tudo sobre essa condição, incluindo as melhores formas de tratamento!
Diástase é uma palavra originada do grego, diastasis, e quer dizer separação. Diástase abdominal nada mais é do que a separação dos músculos do abdome, mais especificamente a musculatura reto abdominal.
Conforme citado, frequentemente acontece durante a gravidez, quando os músculos abdominais se alongam devido ao aumento do útero, ocorrendo, então, o afastamento do músculo reto abdominal.
No entanto, essa condição também pode ocorrer em pessoas obesas que tiveram uma perda de peso brusca, ou em indivíduos que ganharam muito peso rapidamente.
Além disso, pessoas com distúrbio na produção de colágeno, com doenças pulmonares crônicas e, até mesmo, com diabetes, também podem desenvolver a diástase abdominal.
Independentemente de quão magra a pessoa seja, a diástase torna o abdome abaulado. Não por acaso, é comum se referir a essa condição como “estômago alto”.
Também se pode observar o comprometimento do contorno corporal com a diminuição da cintura.
Outro sinal é o surgimento de uma protuberância vertical no meio da musculatura do abdômen quando a pessoa faz algum esforço físico, como pegar objetos pesados, tossir, espirrar ou se sentar.
Esse quadro pode ser acompanhado de dificuldade para andar e dores nas costas, nádegas e pernas, visto que há sobrecarga dessas musculaturas para suprir os músculos do abdômen.
Entretanto, somente um profissional experiente pode fazer o diagnóstico correto e definir que a cirurgia é a melhor abordagem para o caso. Por esse motivo é tão importante procurar um cirurgião plástico especializado.
Quando o paciente não consegue fechar a diástase com exercícios, dieta ou uso de cinta abdominal — ficando assim identificada como diástase severa —, a cirurgia acaba sendo a melhor opção.
Nesses casos, a separação muscular é maior e só pode ser corrigida por meio da abdominoplastia, uma cirurgia plástica que retira o excesso de pele e reaproxima a musculatura abdominal promovendo o fechamento da diástase.
A abdominoplastia é uma cirurgia que tem caráter estético, visto que seu objetivo é remover o excesso de gordura e pele da região abdominal, melhorando a autoestima do paciente.
No entanto, no caso de diástase, essa intervenção cirúrgica também tem restaura a função da musculatura.
Em um primeiro momento a paciente será anestesiada, o que pode ser feito com anestesia geral ou peridural. Após, será feita uma incisão transversa no abdome inferior, na qual se descola a pele até próximo às costelas.
Normalmente, a cicatriz fica escondida pelas roupas íntimas, em localização semelhante a cicatriz da cesárea.
Em seguida, o cirurgião plástico localizará o local onde ocorreu a diástase e promoverá o seu fechamento.
Esse procedimento é feito pela aproximação muscular por meio de amarração, ou sutura, dos músculos. Dessa forma, o abdômen voltará a ter a musculatura reto abdominal íntegra.
Caso haja necessidade e seja a vontade da paciente, o médico também pode remover o excesso de pele e gordura da região abdominal, assim como de estrias e flacidez.
Sendo assim, remodela-se todo o abdômen, devolvendo ao indivíduo uma silhueta firme, forte e harmoniosa. Por fim, se for necessário, um novo umbigo será confeccionado.
A abdominoplastia é contraindicada para mulheres que tem planos de engravidar novamente, visto que é natural que a diástase ocorra novamente devido ao crescimento do útero.
Dessa forma, ela deve ser feita após a mulher decidir não ter mais filhos. Caso a gestação ocorra sem o planejamento, é recomendado cuidado com a alimentação para evitar o excesso de peso, o que pode prejudicar ainda mais o resultado da abdominoplastia.
Condições especiais como distúrbios de coagulação, colagenoses, fumantes e outros devem ser avaliados separadamente pelo especialista.
O período pós-operatório exige alguns cuidados especiais para que o resultado seja obtido com sucesso. O uso da cinta abdominal deve ser imediato após a cirurgia e, normalmente, é mantido por no mínimo 1 mês.
Em seguida à primeira semana, sessões de drenagem linfática também são recomendadas, a fim de eliminar o excesso de líquido acumulado.
Esforço físico deve ser evitado por um período de 40 dias, assim como exposição ao sol. Dessa forma, a pessoa não deve pegar peso, dirigir, subir ou descer escadas.
Os curativos devem ser mantidos sempre limpos e o paciente deve dormir de barriga para cima durante algumas semanas. Também é importante evitar roupas apertadas.
Ao longo do período de recuperação, o acompanhamento médico é obrigatório para observar a evolução.
Como falado, a cicatriz geralmente não fica visível quando a pessoa está de roupas íntimas. No entanto, existem diversas técnicas para realizar a abdominoplastia.
Assim, podem ser formadas cicatrizes em locais diferentes. Isso também depende da quantidade de pele e gordura que serão retirados durante o procedimento.
Se as partes laterais da barriga tem grande acúmulo de tecido, por exemplo, a cicatriz será mais extensa, enquanto pessoas que tem o excesso de tecido apenas na parte central da barriga ficam com cicatrizes menores.
Nesse caso, é importante salientar que somente o cirurgião plástico poderá estimar o tamanho da cicatriz e as técnicas para o procedimento.
Nesse sentido, a abdominoplastia passou a ser, além de cirurgia estética, um procedimento reparador por meio do qual é possível reverter processos indesejados, melhorar a autoestima e a qualidade de vida e diminuir o desconforto.
Agora você sabe como tratar a diastase abdominal cirurgia! No entanto, lembre-se sempre que somente um profissional especializado é capaz de avaliar e indicar o tratamento adequado.
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