Dermolipectomia de coxa, Lifting crural, Cruroplastia
Exercícios físicos nem sempre solucionam o problema da gordura localizada e muito menos do excesso de pele na face interna das coxas. A lipodistrofia e a flacidez das coxas afetam a autoestima e geram incômodo. Além disso, o atrito provocado entre as coxas podem gerar assaduras e alterações locais da pele.
A cirurgia plástica das coxas (dermolipectomia de coxa, lifting crural, cruroplastia) tem o objetivo de remodelar as coxas, deixando-as mais tonificadas e com contornos mais suaves e proporcionais. Entretanto, é sempre importante avaliar a relação custo-benefício desta cirurgia, pois o paciente estará trocando a flacidez por cicatrizes em regiões visíveis e aparentes.
A cirurgia plástica das coxas faz parte das cirurgias pós-emagrecimento e pode se associar a outros procedimentos, tais como: cirurgia plástica do abdome (abdominoplastia), redução e levantamento das mamas (mamoplastia redutora ou mastopexia) e cirurgia plástica dos braços (dermolipectomia braquial).
De acordo com o grau de acometimento das coxas, são propostos diferentes procedimentos, com cicatrizes de tamanhos variáveis, as quais aumentam proporcionalmente ao grau de flacidez:
(1) Lipoaspiração (sem ressecção de pele): indicada para pacientes jovens, com pequeno acúmulo de gordura e ausência ou pequena flacidez de pele. As cicatrizes são imperceptíveis (0,5cm cada), apenas para a introdução da cânula de lipoaspiração, na dobra de cada virilha, podendo haver outra na face medial de cada joelho. A lipoaspiração a laser (lipolaser ou laserlipólise) é uma boa técnica para eliminar flacidez em alguns casos em que já estaria indicada a resseção de pele. Neste procedimento, a energia liberada em direção à pele faz com que haja uma retração maior deste tecido, reduzindo a necessidade de ressecção de pele das coxas.
(2) Cruroplastia conservadora: indicada para pacientes com excesso de pele e gordura nas raízes das coxas. As cicatrizes são horizontais e ficam escondidas nas virilhas e na parte interna das raízes das coxas.
(3) Cruroplastia convencional: indicada para pacientes com mais idade ou que sofreram grande perda de peso (exemplo: pós-cirurgia bariátrica), com muito excesso de pele e flacidez na face interna das coxas. As cicatrizes são verticais ao longo da face interna das coxas e horizontais nas raízes das coxas (formando um “T”), estendendo-se das virilhas à face interna dos joelhos, com ou sem prolongamentos para as laterais do púbis e as dobras da parte inferior dos glúteos.
Técnica cirúrgica
• Marcação bilateral da área a ser ressecada na face interna das coxas.
• Anestesia + antissepsia.
• Retirada do excesso de pele e de gordura da face interna das coxas, com ou sem lipoaspiração associada (os tipos e tamanhos das incisões dependem da quantidade e localização do excesso de pele, entretanto, as incisões, apesar de visíveis, são posicionadas em locais discretos – virilhas e/ou região medial das coxas).
• Revisão de áreas com sangramento.
• Remodelamento do tecido subcutâneo + fechamento das feridas operatórias.
• Curativo + malha de compressão.
• Observação:
Se houver apenas a necessidade da redução da gordura, sem ressecção de pele, a cirurgia indicada é a lipoaspiração.
Antes da realização de qualquer cirurgia plástica, é importante que o paciente siga as Orientações pré-operatórias.
A recuperação geralmente é rápida, havendo necessidade de repouso relativo e afastamento do trabalho por 14 dias. É importante o uso de malha compressiva nas coxas por pelo menos 60 dias. Nesse mesmo período, deve-se evitar: caminhar muito, praticar exercícios físicos ou realizar movimentos bruscos e amplos com as coxas (medidas que evitam a abertura ou o alargamento das feridas operatórias). Roxos e inchaços são temporários e tendem a desaparecer gradualmente. Dor é rara. Não é permitido tomar sol nas cicatrizes por no mínimo 6 meses.
Leia mais em orientações sobre cruroplastia.
Cirurgia Plástica das Coxas
Perguntas Frequentes
Cirurgia plástica indicada em pacientes ex-obesos, com muita flacidez e excesso de pele ao longo da região interna ou medial das coxas, que possuem expectativas realistas sobre as cicatrizes produzidas pelo procedimento.
Adultos.
Local com sedação, raquianestesia com sedação, peridural com sedação ou geral.
De duas a três horas.
Internação de oito a doze horas. O paciente é liberado no mesmo dia.
Os pontos da pele não precisam ser retirados quando são absorvíveis ou são retirados de 14 a 21 dias quando são inabsorvíveis.
Complicações pós-operatórias são raras. Dentre elas podemos citar: cicatrizes desfavoráveis (cicatrizes escuras, alargadas ou elevadas), sangramento (hematoma), acúmulo de líquido (seroma), infecção, abertura da ferida operatória (deiscência de sutura), sofrimento dos tecidos (necrose), assimetria, flacidez residual, dor permanente ou dormência, edema persistente, lesões de estruturas nobres (nervos, vasos sanguíneos ou músculos), trombose venosa profunda, etc.
Um resultado definitivo pode ser considerado com 6 meses a 1 ano, mas a melhora do contorno das coxas já é visível precocemente. As cicatrizes ficam localizadas nas virilhas e na face interna das coxas, locais escondidos e discretos de pé, com os membros inferiores alinhados. De qualquer forma, são visíveis ao se afastar as coxas. Geralmente, as cicatrizes tornam-se finas e esbranquiçadas ao longo do tempo, entretanto, o seu aspecto final não pode ser previsto. A durabilidade do resultado depende da manutenção do peso, da qualidade da pele e das características hereditárias. É normal uma perda parcial da firmeza adquirida nas coxas e descida das cicatrizes das raízes das coxas com o envelhecimento.